sexta-feira, 28 de novembro de 2008
VIII - CONFERÊNCIA - AUSTIN, "QUANDO DIZER É FAZER"
Austin buscou considerar desde a base em quantos sentidos se pode entender que dizer algo é fazer algo, ou que ao dizer algo estamos fazendo algo, ou mesmo os casos em que por dizer algo fazemos algo.
2-Que denominação o autor dá ao ato de “dizer algo” e que subdivisões apresenta?
Chamou de ato locucionário e distinguiu-o em ato fonético, ato fático e ato rético.O ato fonético consiste simplesmente na emissão de certos ruídos; o fático, no proferimento de certas palavras consideradas como pertencentes a um vocabulário e a uma gramática. O ato rético consiste na realização do ato de utilizar tais palavras com sentido e referência.
3 . Ao realizarmos um ato fonético, estamos realizando um ato fático e vice-versa?
Na realização de um ato fático realizo um ato fonético, mas o inverso não é verdadeiro, um macaco emite um ruído que se parece com a palavra “vou” e isso não consiste em um ato fático, na explicação de Austin.
4. Que ato realizo ao ler uma sentença em latim ou alemão sem saber o sentido das palavras?
Sentido e referência são realizados ao realizarmos um ato rético, no caso de repetir observações de alguém ou ler uma sentença em latim realizamos um ato fático que não é rético.
5. Para a realização de um ato ilocucionário que determinações são necessárias?
Há inúmeras maneiras de utilizarmos a fala. Faz uma grande diferença saber se estamos perguntando ou respondendo a uma pergunta, dando alguma informação, ou uma advertência, fazendo uma identificação ou descrição.
6. Qual é a nomenclatura utilizada na distinção dos diferentes tipos de função da linguagem?
Força ilocucionária.
7. Depois de distinguir o ato locucionário do ato ilocucionário, que terceiro tipo de ato emerge da reflexão de Austin?
Dizer algo freqüentemente produzirá certos efeitos ou conseqüências sobre os sentimentos ou ações dos ouvintes, ou de quem está falando, tais efeitos decorrem dos atos perlocucionários.
8.Falar de “uso de linguagem” para argumentar ou advertir é o mesmo que falar em uso de linguagem para “persuadir, incitar, alarmar”/?
O primeiro tipo de “uso” pode ser considerado convencional, no sentido de ser possível, pelo menos, explicitá-lo pela fórmula performativa, com o segundo isso não ocorre. Podemos tornar claro o fato de alguém estar argumentando sem tocar na questão de a pessoa estar ou não convencendo alguém. Podemos dizer “argumento que” ou “advirto-o de que”, não podemos dizer “eu convenço você” ou “eu alarmo você".
VISÃO PERFORMATIVA DA LINGUAGEM PAULO OTTONI
John Langshaw Austin surge no cenário da discussão sobre a linguagem num momento histórico preciso, o cenário é o da discussão sobre a linguagem surgida na Inglaterra pela chamada escola de Oxford e o momento histórico corresponde às décadas de 40 e 50. Na década de 50 despontam os trabalhos de Chomsky e os de Benveniste, além de Foucault, Derrida e Lacan.
2-Austin fortalece o estudo da linguagem ordinária. Quais são as conseqüências desse estudo na filosofia analítica e suas implicações lingüísticas?
O trabalho de Austin é chamado de iluminador por Ottoni, pois vai revolucionar não só a filosofia analítica, como vai questionar os postulados da lingüística enquanto ciência autônoma, proporcionando uma gigantesca discussão em torno da filosofia da linguagem. O caminha aberto por Austin é o fortalecimento do estudo da linguagem ordinária. Para Austin, o objetivo da filosofia analítica é estudar o funcionamento da linguagem antes de estabelecer jogos lógicos, modelos ideais que dêem conta de questões filosóficas. Subjacente às reflexões de Austin na análise da linguagem ordinária, pode-se dizer que são os filósofos e os lingüistas que criam dificuldades para o entendimento da linguagem ordinária. O desinteresse por uma linguagem ideal é um dos pontos principais que toca diretamente a um certo tipo de lingüística e de filosofia. Observa-se a partir do estudo de certas dificuldades criadas pela linguagem ordinária que uma palavra não expressa um conceito preciso ou mesmo uma frase não expressa um pensamento claro. A questão do sentido , do significado e da referência, para um certo tipo de lingüística e de filosofia, cria um impasse crucial e, até certo ponto, insolúvel entre algumas teorias da linguagem.
3-Quais outros pensadores procuraram resolver questões filosóficas discutindo a linguagem ordinária?
A questão do uso foi amplamente discutida por Wittgenstein e isso contribuiu para fortalecer o empreendimento de Austin. Outros filósofos procuraram resolver questões filosóficas discutindo a linguagem ordinária como: Strawson, Ryle e Hare.
4-Que conceitos desenvolvidos por Austin sustentarão sua inovadora argumentação? Qual será destacado por Ottoni?
Austin introduziu os conceitos de performativo, ilocucionário e de ato de fala, conceitos que fundamentarão toda sua argumentação. Tais conceitos são importantes tanto para a filosofia quanto para a lingüística. Ottoni vai privilegiar a noção de performativo como lugar de consolidação da inovadora argumentação austiniana.
5-Em que a filosofia analítica realizada em Oxford difere da realizada em Cambridge?
A filosofia analítica de Oxford difere da realizada em Cambrigde, onde filósofos como Wittgenstein e Russell, chegaram à filosofia através de um longo estudo das ciências e da matemática. Os filósofos de Oxford abordam a filosofia partindo de um profundo estudo das humanidades clássicas (grego, latim). Austin foi o mais importante filósofo no entre e pós- guerra, como Wittgenstein o foi em Cambridge.
6-O que propõe Austin em sua “virada lingüística”?
Austin é um demolidor da filosofia tradicional e também de uma lingüística tradicional. Este rompimento com o passado está evidenciado pela discussão do performativo e do constatativo, do verdadeiro e do falso. Que é o lugar onde se fundem a filosofia e a lingüística. Austin em sua “virada lingüística” propõe uma nova abordagem da linguagem que está próxima de uma “visão performativa da linguagem”. Não há uma preocupação em delimitar fronteiras entre a filosofia e a lingüística. Também não é possível pensar a linguagem humana de forma compartimentada, institucionalizada.
7-Qual é a peculiaridade das obras “How to do things with words” (HTD) e “Sense and Sensibilia” (S&S)?
A repercussão das idéias após a morte prematura de Austin, através da publicação de S&S e HTD, ambos publicados postumamente em 1962, passou a ser feita de recomposições de anotações de seus alunos e colegas. HTD foi reconstruído por M. Sbisá e Urmson e resulta de 12 palestras proferidas em Harvard em 1955 e de outras durante o curso Words and Deeds, que ele ministrou em 1952 a 1954 em Oxford e também de gravações de duas conferências, uma pela BBC e outra em Gothenberg. O segundo livro, reconstruído por Warnock, é resultado de uma série de anotações feitas em 1948 e 1949 e, ainda, de uma outra série de anotações redigidas em 1955 e em 1958 para o curso na Universidade da Califórnia.
8-Que noções, consideradas como monumento filosófico pouco combatido , são questionadas por Austin em seu artigo “Truth” ?
As noções de verdade e falsidade (p. 34).
9-Discorra sobre o ato de fala e seu triplo desdobramento.
Austin cria o ato de fala e o desdobra em três partes, em três atos simultâneos: um ato locucionário, que produz tanto os sons pertencentes a um vocabulário quanto a articulação entre a sintaxe e a semântica, lugar em que se dá a significação nos sentido tradicional; um ato ilocucionário, que é o ato de realização de uma ação através de um enunciado, por exemplo, a promessa, que pode ser realizado por um enunciado que se inicie por eu prometo..., por último, o ato perlocucionário, que é o ato que produz efeito sobre o interlocutor. Através desses três atos, Austin faz a distinção entre sentido e força, já que o ato locucionário é a produção de sentido que se opõe à força do ato ilocucionário; estes dois se distinguem do ato perlocucionário, que é a produção de um efeito sobre o interlocutor.
10-Como a noção de ação é definida por Austin?
Ação tem um significado muito preciso pelo fato de ser um dos elementos constitutivos da performatividade. A ação é uma atitude independente de uma forma lingüística: o performativo é o próprio ato de realização da fala-ação. Na discussão envolvendo a ação, Austin chamava-a de a “complicada maquinaria interna” (the complicated internal machinery), o que justifica não só a complexidade do conceito como também sua importância.
11-Explicite a conclusão de Austin de que uma afirmação pode ser um performativo.
Para entender a quebra de distinção entre o performativo e o constatativo, deve-se voltar e rever o desdobramento dos atos de fala. Os atos ilocucionários são convencionais e possibilitam a existência de enunciados performativos sem que seja possível identificar uma forma gramatical para eles, ou seja, são as regras convencionais que dão condições para que tal enunciado em tal situação seja ou não performativo, realize ou não uma ação. Daí concluir Austin que uma afirmação pode ser um performativo. Pode-se dizer que por detrás de cada afirmação há uma forma não explicitada de um performativo, um performativo mascarado. Em: “Ele é um péssimo indivíduo”, pode ser interpretado dependendo do lugar de várias maneiras: “Eu declaro que ele é um....”; ou “Eu afirmo que ele é ...” Para dar as condições de performatividade para um enunciado, identifica-se um sujeito falante que pratica a ação. Assim, as afirmações não só dizem sobre o mundo como fazem algo no mundo. Não descrevem ações, praticam-na.
12-A partir de que momento pode-se falar de uma “visão performativa” da linguagem?
A partir da quebra de distinção entre constatativo e performativo, cria-se uma nova visão da linguagem, em que o sujeito não pode se desvincular de seu objeto fala e, conseqüentemente, em que não é possível analisar esse objeto desvinculado do sujeito.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
VI - Conferência de Austin - Performativos Explícitos
1-A que conclusão chegou Austin diante das dificuldades em buscar critérios para definir mais claramente os performativos, uma vez que eles não são tão obviamente distintivos dos constatativos?
Depois de tentar critérios gramaticais ou de vocabulário, ou uma combinação de ambos, Austin conclui pela inexistência de um critério absoluto. Além disso, critérios não serviriam para distinguir performativos dos constatativos, uma vez que é comum que uma mesma sentença seja usada em diferentes ocasiões das duas formas.
2-Mesmo admitindo que parece ser um problema sem solução, que tipo de performativo continua a merecer a preferência do autor?
O performativo do qual ele tirou seus primeiros exemplos (verbo na 1ª pessoa do singular do pres, do indic. da voz ativa, pelo menos em casos em que fazer o proferimento é realizar o ato).
3-Que metodologia sugere para se chegar aos performativos explícitos?
Fazer uma lista de todos os verbos com a peculiaridade de ao dizer fazer um ato.Supor que todos os proferimentos performativos que não se apresentam na forma privilegiada (“eu x que...”, “eu x a ...”, “eu x...”) podem ser “reduzidos” a essa forma e convertidos em performativos explícitos.
4- Que exemplos são dados para contrastar proferimentos primários e performativos explícitos?
Como exemplo de proferimento primário apresenta “Estarei lá”. E performativo explícito “Prometo que estarei lá” , ou seja, essa forma torna explícita a ação realizada ao se fazer o proferimento. Pois, diante de “Estarei lá”, pode-se perguntar: Trata-se de uma promessa? De uma intenção?
5-Como Austin entende a expressão “tornar explícito”?
Enfatiza que não é o mesmo que descrever ou relatar o que estou fazendo. Dizer “Eu o saúdo” não é descrever meu ato de saudar. Fazer ou dizer tais coisas é tornar claro como o ato deve ser entendido, dizer de que ação se trata.
6- Que suposição o autor faz sobre o performativo explícito do ponto de vista de sua natureza e construção?
Austin dirá que do ponto de vista da evolução da linguagem, o performativo explícito dever ter se desenvolvido posteriormente a certos proferimentos mais primários. Assim, “Eu o farei” é anterior a “Prometo que o farei”. Talvez porque ainda não estivesse tão claro,ou ainda não fosse possível distinguir que coisas poderíamos estar fazendo. “Trovão”em uma linguagem primitiva poderia ser uma advertência, informação, predição etc.
7- Quais recursos nos permitem veicular a força dos proferimentos?
Austin diz que a linguagem em si em seus estágios primitivos não é precisa nem explícita, arrolará, então, recursos lingüísticos e outras funções, tais como: o modo; tom de voz, cadência, ênfase; advérbios e expressões adverbiais, partículas conectivas
_ modo: o imperativo “Feche-a” pode ser dito em vários contextos, assim: “Feche-a, faça-o”, assemelha-se a “Aconselho-lhe que a feche”.“Feche-a, eu o faria”, assemelha-se a “Aconselho-a a fechá-la.”
_ tom de voz, cadência ,ênfase determinarão a diferença entre um aviso, uma pergunta e um protesto na proposição “Vai atacar” (!, ?, !?)
_ advérbios e expressões adverbiais: Eu o farei provavelmente (atenuação) ou sem falta (comprometimento).
_ circunstâncias do proferimento: o contexto pode determinar a interpretação, por exemplo, o nexo entre “morrerei um dia” e “deixarei para você meu relógio”.
8- Que dificuldades o autor apresenta para os recursos acima apresentados?
Embora ricos, eles prestam-se a equívocos. A dificuldade consiste principalmente no fato de ser vago o seu significado e incerto o resultado de sua recepção. Uma mesma fórmula, é, às vezes, um performativo explícito e, às vezes, é descritiva. Pode-se jogar com essa ambivalência: por exemplo, “Aprovo” e “Concordo”. Assim, “Aprovo” pode ter a força performativa de dar aprovação ou pode ter o significado descritivo de “Estou a favor disto.”
9- Que tratamento receberão a “emoção” e o “desejo”?
As emoções e os desejos exibem alguns dos fenômenos incidentais no desenvolvimento das fórmulas performativas explícitas. Uma vez que a emoção e desejo não são facilmente detectáveis pelos demais, é comum que queiramos informar-lhes o que sentimos. Assim, apresenta exemplos de expressões usadas:Performativos Semidescritivas Relatos
Agradeço Sou grato Sinto-me grato
Peço desculpas Lamento Arrependo-me/Estou chocadocom/Estou revoltado com Critico/censuro Culpo __________
Aprovo Aprovo Sou favorável
Dou-lhe as boas vindas Recebo com prazer ___________
Felicito-o Alegro-me com ___________
Austin denominará os casos vinculados a sentimentos e atitudes de “comportamentais”, destaca, no entanto que expressões convencionais de sentimento não tem nada a ver com os performativos.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Questões de trabalho
1-Qual foi a temática da confer ncia anterior sobre a qual Austin tece comentários na introduç o da V Conferência?
R-Considerou-se o problema das relaç es entre os proferimentos performativos e as declarações de vários tipos que s o verdadeiras ou falsas. Uma certa proximidade foi destacada entre o exemplo performativo "Peço desculpas" e a declaração de que "estou pedindo desculpas". Sinaliza para uma possível anulação da distinção entre constatativos e performativos.
2-Austin fortalece a dúvida ou a convicção sobre a diferença entre enunciados constatativos e performativos?
R-Austin oscila sobre distintas posiç es. Primeiramente, fortalece a convicç o de que a distinção é definitiva, voltando idéia de Verdadeiro e Falso, Feliz e Infeliz. Em seguida, fala que talvez o contraste não seja tão seguro, pois a declaração "João está correndo" está relacionada declaração "estou afirmando que João está correndo."
3-Como o pensador formula a grande indagaç o em busca de um critério de maior preciso?
R-Austin materializa sua inquietação da seguinte forma: "Há alguma forma precisa para distinguir o proferimento constatativo do performativo?"
4-Qual é o critério que se destaca na busca austiniana?
R-O pensador indaga sobre a exist ncia de algum critério gramatical (ou lexicográfico) para explicar a distinção.
5-Que discusso desenvolve sobre o critério verbal, mais especificamente, sobre o presente e o presente contínuo?
R-Dirá que é mais comum o "presente" indicar um hábito nos casos em que é realmente indicativo. Quando não é hábito, como no caso do performativo "Batizo", não se trataria de "indicativo" no sentido dado pelos gramáticos, pois o performativo não descreve, nem informa, mas é usado para fazer algo.
6-Que conclusões Austin antecipará ao discutir exemplos de verbos na 2ª e 3ª pessoa e também de verbos na voz passiva?
R-Ao mostrar que um performativo pode se realizar na 2ª e 3ª pessoas e também pode se realizar na voz passiva, o critério da 1ª pessoa parece sucumbir. Austin dirá então que pessoa e voz não são essenciais. Também o modo e o tempo falham como critérios absolutos.
7-O impasse gerado por inúmeros contra-exemplos levam Austin a desistir da busca por um critério?
R-Diante do impasse, dirá que talvez n o seja impossível produzir um critério complexo, ou, pelo menos, um conjunto de critérios levem em consideração tanto a gramática quanto o vocabulário.
8-O que leva Austin a rever sua prefer ncia inicial pela 1ª pessoa do singular no presente do indicativo na voz ativa ?
R-Dado que o proferimento performativo exige que a expressão consiste na realização de uma ação , tal ação só pode ser realizada por pessoas, pois quem usa a expressão deve realizar ação . Assim, a inclinação para a 1ª pessoa volta a ser destacada. Além disso, quem profere tem que estar fazendo algo, daí a preferência pela voz ativa . Na expressão oral, a pessoa que profere pode ser chamada de "origem do proferimento", na expressão escrita, ao colocar sua assinatura. O "eu" que está realizando a ação entra em cena.
9-O que Austin proporá metodologicamente?
R-Dirá que, metodologicamente, se sente inclinado a dizer que "todo proferimento deveria ser capaz de ser reduzido, expandido ou analisado de modo tal que se obtivesse uma forma na 1ª pessoa do sing. do pres. do indic. da voz "ativa."Fora!" Equivale a "Eu declaro, proclamo ou digo que você está fora do jogo!"
10-O que acontece quando contrastamos pessoas e tempos do mesmo verbo?
R-Em "Aposto", "Apostei" e "Ele aposta", o segundo e o terceiro exemplos nosso performativos, pois descrevem ação minha e de outro. Ao dizer "Eu aposto" n o afirmo que profiro as palavras, e sim realizo o ato de apostar. Emerge daí a relação de assimetria entre as pessoas.
11-Embora se incline pelo critério da 1ª pessoa, que objeções apresentará?
R-Austin arrolará as seguintes observaç es para responder que n o é um critério muito exato: a) a 1ª pessoa pode ser usada para descrever como me comporto habitualmente ("Aposto – todas as manh s- dez reais"); ("Prometo unicamente quando tenho a intenç o de cumprir com minhas palavras"); b) pode ser usada de modo semelhante ao presente histórico.