Questões de trabalho
1-Qual foi a temática da confer ncia anterior sobre a qual Austin tece comentários na introduç o da V Conferência?
R-Considerou-se o problema das relaç es entre os proferimentos performativos e as declarações de vários tipos que s o verdadeiras ou falsas. Uma certa proximidade foi destacada entre o exemplo performativo "Peço desculpas" e a declaração de que "estou pedindo desculpas". Sinaliza para uma possível anulação da distinção entre constatativos e performativos.
2-Austin fortalece a dúvida ou a convicção sobre a diferença entre enunciados constatativos e performativos?
R-Austin oscila sobre distintas posiç es. Primeiramente, fortalece a convicç o de que a distinção é definitiva, voltando idéia de Verdadeiro e Falso, Feliz e Infeliz. Em seguida, fala que talvez o contraste não seja tão seguro, pois a declaração "João está correndo" está relacionada declaração "estou afirmando que João está correndo."
3-Como o pensador formula a grande indagaç o em busca de um critério de maior preciso?
R-Austin materializa sua inquietação da seguinte forma: "Há alguma forma precisa para distinguir o proferimento constatativo do performativo?"
4-Qual é o critério que se destaca na busca austiniana?
R-O pensador indaga sobre a exist ncia de algum critério gramatical (ou lexicográfico) para explicar a distinção.
5-Que discusso desenvolve sobre o critério verbal, mais especificamente, sobre o presente e o presente contínuo?
R-Dirá que é mais comum o "presente" indicar um hábito nos casos em que é realmente indicativo. Quando não é hábito, como no caso do performativo "Batizo", não se trataria de "indicativo" no sentido dado pelos gramáticos, pois o performativo não descreve, nem informa, mas é usado para fazer algo.
6-Que conclusões Austin antecipará ao discutir exemplos de verbos na 2ª e 3ª pessoa e também de verbos na voz passiva?
R-Ao mostrar que um performativo pode se realizar na 2ª e 3ª pessoas e também pode se realizar na voz passiva, o critério da 1ª pessoa parece sucumbir. Austin dirá então que pessoa e voz não são essenciais. Também o modo e o tempo falham como critérios absolutos.
7-O impasse gerado por inúmeros contra-exemplos levam Austin a desistir da busca por um critério?
R-Diante do impasse, dirá que talvez n o seja impossível produzir um critério complexo, ou, pelo menos, um conjunto de critérios levem em consideração tanto a gramática quanto o vocabulário.
8-O que leva Austin a rever sua prefer ncia inicial pela 1ª pessoa do singular no presente do indicativo na voz ativa ?
R-Dado que o proferimento performativo exige que a expressão consiste na realização de uma ação , tal ação só pode ser realizada por pessoas, pois quem usa a expressão deve realizar ação . Assim, a inclinação para a 1ª pessoa volta a ser destacada. Além disso, quem profere tem que estar fazendo algo, daí a preferência pela voz ativa . Na expressão oral, a pessoa que profere pode ser chamada de "origem do proferimento", na expressão escrita, ao colocar sua assinatura. O "eu" que está realizando a ação entra em cena.
9-O que Austin proporá metodologicamente?
R-Dirá que, metodologicamente, se sente inclinado a dizer que "todo proferimento deveria ser capaz de ser reduzido, expandido ou analisado de modo tal que se obtivesse uma forma na 1ª pessoa do sing. do pres. do indic. da voz "ativa."Fora!" Equivale a "Eu declaro, proclamo ou digo que você está fora do jogo!"
10-O que acontece quando contrastamos pessoas e tempos do mesmo verbo?
R-Em "Aposto", "Apostei" e "Ele aposta", o segundo e o terceiro exemplos nosso performativos, pois descrevem ação minha e de outro. Ao dizer "Eu aposto" n o afirmo que profiro as palavras, e sim realizo o ato de apostar. Emerge daí a relação de assimetria entre as pessoas.
11-Embora se incline pelo critério da 1ª pessoa, que objeções apresentará?
R-Austin arrolará as seguintes observaç es para responder que n o é um critério muito exato: a) a 1ª pessoa pode ser usada para descrever como me comporto habitualmente ("Aposto – todas as manh s- dez reais"); ("Prometo unicamente quando tenho a intenç o de cumprir com minhas palavras"); b) pode ser usada de modo semelhante ao presente histórico.
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